quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Comunicação Empresarial: sua empresa de portas abertas

EstherBraga
Professora de comunicação empresarial na Faculdade Ideal (convênio FGV) em Belém do Pará;
formada em Letras; especialista em língua falada e ensino do português; mestre em lingüística.



As fronteiras se encurtam, o mercado se comprime... e o espaço fica cada vez mais restrito, porém, embora pareça difícil alargar os horizontes diante de tanta hostilidade, o ambiente empresarial se descortina para aquele que tem coragem de abrir sua casa.

O universo das empresas tem abrigado muitas estrelas, mas grande parte delas se esquece de que necessita esperar o anoitecer para brilhar. Tudo tem seu momento e a “hora é agora” de expandir esse céu e se mostrar àqueles que as observa, aos que as conta ou a quem as aprecia.

Os limites realmente se estreitam e não há mais lugar para empresas que fecham suas portas à voz do consumidor e dos seus colaboradores. O público externo está muito mais seletivo, exigente e cauteloso. Não bastasse esse novo perfil de cliente, o público interno aparece como um motivo a mais para a empresa “escancarar” suas portas e valorizar realmente aquele que é a imagem da empresa. Quem insistir em manter seus ouvidos cerrados, alheios às novas tendências, principalmente no que se refere à sua clientela interna, têm suas portas trancadas ao verdadeiro sentido da comunicação empresarial.

Em um mercado competitivo, a saída então (diria melhor, a “entrada”) é ter as portas abertas pra ouvir o cliente que, hodiernamente, não apenas exige um produto de qualidade, mas requer da empresa responsabilidade social, ética, respeito à natureza... mostrando que uma propaganda bem feita pelo setor responsável não é mais a única forma de manter a empresa na liderança do ranking mercadológico; a propaganda deixou, portanto de ser “a alma do negócio”; “o corpo, a alma e o coração do negócio” é, sem dúvida, a comunicação.

O momento é de “ouvir” antes de falar, e nesse contexto, já dizia um ditado árabe “Deus nos dotou de dois ouvidos e uma boca para que ouvíssemos mais e falássemos menos”. Assim, é preciso estar atento ao público interno, principalmente, a fim de crescer com qualidade; investir efetivamente no pessoal (equipamentos de última geração, maquinaria moderníssima... requerem mão de obra especializada e qualificada); investir deliberadamente em comunicação... Pensar no desenvolvimento pessoal como um todo é sinônimo de bom negócio; é implementar o seu próprio desenvolvimento, uma vez que o profissional é a imagem da empresa e ninguém deseja ter uma imagem negativa. Além disso, o que acontece internamente reflete externamente; quanto melhor e mais promissor é o relacionamento entre empregados e empregadores mais marketing externo a empresa terá, de uma feita que a melhor propaganda é aquela feita pelo cliente interno.
É, imprescindível, portanto, abrir as portas (e as janelas também!) de sua casa, pois se descerra, no século XXI, a democratização das empresas via comunicação empresarial e aquele que se nega a “ouvir o próprio umbigo” (a expressão é olhar para o próprio umbigo ou já mudou?!), permanecerá na ditadura comunicacional e está fadado ao fracasso, ao esquecimento... sua probabilidade de ter, literalmente, as portas fechadas é muito maior!!!

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