Para alguns eles são quatro palhaços de luxo que usaram a música como desculpa para ganhar dinheiro, para outros milhares formam a maior banda de rock do mundo. Quando se trata do Kiss, dificilmente se encontra pessoas no meio termo: é sempre 8 ou 80, amor ou ódio, mas com a certeza de que a banda constitui um dos maiores impactos culturais da década de 1970.
Há quem, até hoje, acuse a banda de incompetência musical camuflada pela maquiagem e pelos efeitos especiais, ou acredite que não tem credibilidade alguma por causa de tanto merchandising. Mas uma resposta de Gene Simmons a um repórter que questionou a mesma coisa diz tudo: “Credibilidade? Está louco? Nós nunca tivemos credibilidade alguma, então por que devemos nos preocupar? Quanto mais dinheiro eu ganhar, melhor. Não estamos forçando ninguém a comprar nada. Se os fãs querem, o que podemos fazer senão satisfazer seus desejos?”.
Se você ainda não sabe o que esse post tem a ver com esse blog, ainda não deve ter parado para pensar no KISS como uma marca. Nada aconteceu por acaso. Desde que começaram compondo e ensaiando em um apartamento minúsculo e imundo em Manhattan, Gene Simmons e Paul Stanley já planejavam criar um fenômeno musical, proporcionando ao público não só música e sim um espetáculo sonoro e visual.
Em entrevista para "BusinesWeek.com" em setembro de 2008, Gene Simmons admitiu que a banda tem aproximadamente 3.000 produtos licenciados, de preservativos até caixões.
Segue agora um trecho dessa entrevista:
BusinessWeek.com: O que você se considera principalmente, um rock star ou um empresário?
Simmons: "É uma pergunta interessante. Uma resposta simples seria: um pouco de cada. Ninguém faz somente uma coisa. Mas a real diferença entre ser um empresário e qualquer outra pessoa no mundo é a habilidade de monetizar. Eu sou um empresário à moda antiga. Não importa o que eu faça - além de mostrar a minha língua - Eu tenho a intenção de fazer dinheiro, e um pouco disso em material não relacionado ao KISS".
BusinessWeek.com: Como você percebeu tão cedo que poderia alavancar o Kiss em outros empreendimentos?
Simmons: "Quando a banda estava começando, nós percebemos que camisas e ítens não musicais geravam uma quantidade substancial de dinheiro. O Kiss rapidamente se tornou um monstro de muitas cabeças: uma banda de rock e uma marca de rock'n'roll - a única que perdurou por eras e décadas de novidades e de modas. - Hoje nós temos 3.000 produtos licenciados, de preservativos a caixões. Nós o temos indo e vindo [NT: referência ao início da vida, preservativos, sexo, e ao final, caixões].
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